“Pássaro da Noite” em Brasília, Luana Piovani com as focas
No palco, quase nada. Luz e ela. Quem dedicou uma hora de sua vida naquela noite para, simplesmente, ouvir uma história, se surpreendeu. Ali naquele palco foram mostradas diversas histórias. A sua, a minha, a daquela mulher que você encontra na fila do supermercado ou no ponto de ônibus. A eterna busca por algo que nem se sabe direito o que é. Uma procura externa de algo que está em seu interior.
E, quem melhor que Luana Piovani, para mostrar isso? Entre suas mil e uma faces, escondem-se e são revelados anseios e desesperos de uma mulher solitária, que não tem medo de julgamentos.
A peça “Pássaro da Noite” traz aos palcos uma Luana contrastante com a que pode ser vista hoje nos cinemas em “A Mulher Invísivel”. A “passarinha”, como a atriz prefere se referir à sua personagem, fala coisas que todos passam, sentem e vêem mas que, raramente, comentam. Seus vícios, seus sentimentos, suas paixões, seus “pudores sem pudor”, seu imaginário fértil.
O texto de José Antônio de Souza, dirigido po Marcus Alvisi, ficará em Brasília até domingo, dia 21/06. É ele quem leva todos a refletirem enquanto riem, se envergonham ou se identificam. O que terá acontecido com ela? Quem será ela? O que ela quer? E, na verdade, essas perguntas irão acompanhar os mais atentos e se modificar dentro deles. Serão as responsáveis pelas noites de insônia e indagações quase filosóficas que acontecerão com essas pessoas.
Afinal, estaria ela em uma bad trip ou “apenas” morta? Em coma alcólico ou meio cega e divagante? É difícil dizer, e a própria Luana gosta de instigar quem chega até ela.
Nas cochias
A entrevista foi breve porém calorosa. Piovani era só sorrisos a todos que cruzavam seu caminho. Encaminhada pela produtora veio até nós questionando se havíamos assistido à peça e o que tinhamos achado. Era impossível deixar de sorrir. Sua beleza não cabia em seus olhos, seu sorriso e seus um metro e tanto de altura. Mesmo assim não houve intimidação.
Entre um gole e outro de sua água de côco (sem gelo!), falou de teatro, cinema, futuro, passado e projetos. Ressaltou sua paixão pelo teatro, pela diversidade de personagens que entram e saem de sua vida, de poder ser uma pessoa diferente a cada espetáculo, a cada texto. “Eu acho o teatro muito generoso, porque a caixa do teatro é mágica. Assim, eu posso fazer um menino… Quando eu fiz “Alice” [no País das Maravilhas], lembro que uma vez me perguntaram ‘Mas como é que você vai fazer a Alice? Você é a pessoa mais alta do seu elenco!’, e eu falei: ‘Justamente porque a caixa do teatro me dá essa possibilidade’ “, conta Piovani.
A atriz aproveitou pra adiantar, também, que no próximo ano estará com a peça “O soldadinho e a bailarina”. Para todo ator a rotatividade de personagens é praxe, mas nem por isso é menos difícil. “É sempre uma sensação de estar abandonando um filho. Quando um projeto estréia, é como se você tivesse parido. Na hora de dizer tchau pra ele é muito doloroso, mas como sempre tem um outro bebê pra nascer, uma coisa acaba valendo a outra”, explica a atriz.
“Pássaro da Noite” estará em turnê pelo Brasil até setembro, pelo menos (a última data presente no site da produtora é 13/09), então a atriz ainda terá tempo de curtir seu filhote. Fora isso, os fãs ainda podem esperar: esse ano estão para serem lançados mais dois filmes com a atriz. “Insônia”, de Beto Souza e “Família vende tudo”, de Alain Fresnot.
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