O perigo bem próximo de nós
Se existe algo que não podemos identificar pela aparência, é a intenção de uma pessoa ao se relacionar conosco. Ela pode aparentar ser super simpática, realizada profissionalmente, ter uma relação pessoal estável e parecer ser “perfeita”. Mas já imaginou que alguém assim pode ser um psicopata? Eles estão disfarçados, e não costumam levantar suspeitas sobre quem realmente são.
“Os psicopatas são frios, calculistas, insensíveis, inescrupulosos, transgressores de regras sociais e absolutamente livres de constrangimentos ou julgamentos morais internos. Nas diversas esferas do relacionamento humano, eles são capazes de passar por cima de qualquer pessoa apenas para satisfazer seus próprios interesses. Mas ao contrário do que pensamos, não são loucos, nem mesmo apresentam qualquer tipo de desorientação. Eles sabem exatamente o que estão fazendo e não sofrem nem um pouco com isso”.
É assim que Ana Beatriz Barbosa Silva, mesma autora de “Mentes Inquietas” (mais de 200 mil exemplares vendidos), mostra em “Mentes Perigosas: o psicopata mora ao lado” (Editora Objetiva, 2008) que esse tipo de pessoa pode representar um perigo constante à sociedade. A psiquiatra afirma ainda que 4% da população apresentam esse “lado sombrio”, ou seja, a cada 25 pessoas, uma é psicopata. Segundo a autora, esse sujeito, diferentemente de nós, “pessoas normais”, não possui a chamada “consciência”, que se define como um atributo que transita entre a razão e a sensibilidade. Popularmente falando, entre a “cabeça” e o “coração”.
Podemos falar de consciência também, como a capacidade de amar o próximo, ter compaixão pelo outro e se importar com os sentimentos das pessoas em geral. O psicopata é alguém desprovido de toda essa qualidade genuína. Pessoas assim agem contra sua vítima de forma absolutamente insensível, afinal ele não tem sentimentos, e os outros são meros objetos, peças do seu jogo, e servem somente para a satisfação de seus mais impetuosos desejos.
Eles nem sempre estão em cadeias, no mundo do crime ou têm uma cara feia do tipo “eu sou um psicopata, corre!”. Estão bem próximos de nós, escondidos quem sabe por trás de um belo par de olhos verdes e fala mansa. Podem se encontrar na faculdade, trabalho, na sua rua, no seu círculo de amizade ou do outro lado do computador.
Durante o livro, a escritora expõe de forma simples e compreensível, diversos casos em que sujeitos com a total falta da chamada consciência atuam sem o menor constrangimento. São amigas, namorados, colegas de trabalho (caso do assassinato de Daniella Perez), filhos que matam os pais (caso Richthofen), estupradores com o maior poder de convencimento já visto de suas vítimas (Maníaco do Parque) e até menores de idade, entre outros.
A obra trata-se de um “guia prático” de como se proteger de pessoas perversas, sem sentimento de culpa, que não aparentam perigo e estão bem perto de nós. Por trás de sua mente maléfica, está um desejo insaciável de usar “gente de verdade” como peça de um jogo sujo, e muitas vezes, com um final trágico. Devemos sempre seguir nossa intuição ao identificar uma personalidade assim se aproximando, e saber que as aparências enganam.
É uma obra indispensável pra quem se interessa pelo assunto, que deseja descobrir como funciona a mente e o caráter (ou falta dele) de pessoas que por natureza (sim, eles já nascem psicopatas) são más e sem amor por ninguém.É um ótimo instrumento para conhecer as diferenças psicológicas entre os seres humanos e acima de tudo, se resguardar de uma surpresa indesejável com alguém assim em sua vida.
17/07/2009 Posted by ericateles | Opinião | ana beatriz barbosa, caso Richthofen, mentes inquietas, mentes perigosas, perigo, psicopata, psicopatia, psiquiatria | 1 Comentário
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